domingo, 6 de fevereiro de 2011

Os Mistérios das Pirâmides de Gizé

Cultura e Arquitetura

A civilização egípcia se desenvolveu em meio ao deserto em uma posição privilegiada: localizada ao longo do rio Nilo- que servia de fonte de alimento, água e de transporte- e geograficamente isolada de outros povos e civilizações em conflito. A vida nessa antiga civilização era regida pelos ciclos da natureza e pela espiritualidade presente na religião que estava intimamente ligada à vida cotidiana da população.
Basicamente haviam três épocas no ano bem definidas. Nos meses de junho a outubro, o rio Nilo inundava as terras às suas margens fertilizando-as e preparando-as para o cultivo que se dava durante os meses de novembro a fevereiro, quando a água do rio baixava. Durante os meses de março a maio, época da estação da seca, era tempo da colheita. Além dessa fonte indireta de alimento que o Nilo propiciava, os peixes e outros animais que ali viviam serviam de caça à população. Esse ciclo das inundações se repetia ano após ano com poucas alterações dando um ritmo a vida egípcia.
Os antigos egípcios, fossem os agricultores, artesões, nobres ou sacerdotes, tinham como principal preocupação em suas vidas a busca pela realização espiritual. Essa busca se dava pela prática da sabedoria, encarnada pela deusa Maât, que representava a retidão, a integridade, a verdade, a precisão e a justiça, a regra imutável do universo, a coerência e solidariedade. Maât representaria o leme que possibilitaria ao justo atravessar o rio da existência para alcançar as margens da eternidade, onde se encontraria com o deus Rá, a personificação do sol divino.
Segundo os escritos egípcios “A luz divina (Rá) estabeleceu o Faraó na terra dos vivos, desde sempre e para sempre, a fim de que ele julgue os homens e satisfaça aos deuses, que ele implante a retidão e aniquile a iniqüidade” (Assmann, Maât, p117). O Faraó, o governante egípcio, teria o poder de reinar sobre as Duas Terras, a espiritual e a material. Ele encarnaria todas as qualidades divinas, sendo capaz de orientar os ignorantes em direção à sabedoria e de fornecer abrigo espiritual e material aos seus súditos.


Os sacerdotes estavam logo abaixo do faraó na hierarquia social. Eles eram responsáveis tanto pela religião quanto por algumas funções de administração do Antigo Império junto ao rei. Os templos eram guardados pelos sacerdotes e estes tratavam de realizar diariamente ali as cerimônias religiosas. Estava sob suas responsabilidades guardar os segredos das ciências e dos mistérios religiosos.
A busca por uma conduta correta levando à perfeição se refletiu também na arquitetura dessa civilização. Ela aliava imponência e simplicidade com o uso de formas puras e geométricas. As fachadas das construções eram sempre voltadas para os eixos norte e sul, que representavam o caminho do rio Nilo, e para os eixos leste e oeste, que simbolizavam o caminho do sol, o nascer e o morrer. Os egípcios demonstram nas suas manifestações artísticas uma profunda religiosidade, dando um caráter monumental aos templos, às mastabas e, especialmente, às pirâmides. Os templos eram compostos por pátios colunados, salas hipóstilas e santuários. As mastabas eram túmulos em forma de tronco de pirâmide, revestidas internamente de pinturas murais. As pirâmides eram construidas de pedra e acredita-se que também serviam de construções mortuárias. A primeira mastaba, do faraó Djoser, foi construída pelo arquiteto Imhotep em Saqqarah e também é conhecida como a pirâmide escalonada. No total, cem pirâmides são conhecidas no Egito, mas as que mais se destacaram foram as de Quéops, Quéfren e Miquerinos por suas formas geométricas monumentais que beiram a perfeição e que resistiram por milhares de anos. Dos palácios e residências, como foram construidos de tijolo cru, pouco restou. Essa diferença de materiais entre construções religiosas e residenciais exemplifica a grande importância que esse povo dava a espiritualidade e à vida após a morte.


As Pirâmides do Planalto de Gizé

Acredita-se que a maior das três pirâmides de Gizé foi construída por Quéops segundo imperador da IV Dinastia, que durou aproximadamente entre os anos de 2680 a 2560 a.C, para servir-lhe de túmulo após a sua morte. O filho de Quéops, Quéfren, teria sido o construtor da segunda maior, enquanto a menor de todas foi atribuída a Miquerinos, filho de Quéfren e neto de Quéops. Apesar das diversas teorias e especulações, até hoje não se sabe ao certo como um povo tão antigo teria sido capaz de construir monumentos gigantescos com tanta precisão se utilizando de ferramentas rudimentares e tendo de transportar pedras de várias toneladas até uma altura de até 146m-altura original da pirâmide de Quéops.



Mistérios em torno da construção da Grande Pirâmide

A Grande pirâmide é a que mais se destaca nesse conjunto arquitetônico. Sua base ocupa uma área de 53.000 metros quadrados (08 campos de futebol) e foi o edifício mais alto do planeta até séc. XIX, quando a Torre Eiffel foi construída. Calcula-se que foram utilizados em sua construção entre 2,3 a 2,5 milhões de blocos de calcário e granito cada um pesando em média de 2 a 2,5 toneladas, o que não exclui o fato de alguns chegarem a pesar até 60 toneladas. Toda essa estrutura está assentada sobre uma plataforma rochosa nivelada artificialmente com erros mínimo que não chegam a 2.5cm em alguns pontos.
Curiosamente esses blocos, que constituem 203 carreiras assentadas na horizontal, em certo ponto aumentam de tamanho em relação aos inferiores (excetuando os da base) ao invés de diminuírem progressivamente, contrariando a lógica da engenharia. Além disso eles foram posicionados de modo tão preciso, que, ao final, o fechamento da pirâmide se deu exatamente sobre o centro da base.
Antigamente, as quatro faces da pirâmide eram revestidas externamente por blocos altamente polidos de pedra caliza cada um pesando aproximadamente 10 toneladas. O polimento era tão bem feito que a pirâmide chegou a ser denominada “ A Luminosa”. Depois de um terremoto na cidade do Cairo, a maioria dos blocos da fachada foram utilizados na reconstrução da cidade. Apesar disso, alguns deles permaneceram intactos e após serem analisadas por um famoso arqueólogo do séc. XIX, W.M. Flinders Petrie, ele ficou surpreso ao encontrar neles tolerâncias de um centésimo de polegada e juntas cimentadas tão precisas e tão bem alinhadas que era impossível até enfiar entre eles a lâmina de um canivete. “O simples fato de pôr essas pedras em contato exato teria exigido trabalho cuidadoso”, reconheceu, “ mas fazer isso com cimento em uma junta parece quase impossível. E é para ser comparado com o trabalho dos melhores óticos, em uma escala de hectares”.
Além disso as faces da Grande Pirâmide, norte, sul, leste e oeste estão quase perfeitamente alinhadas com os pontos cardeais verdadeiros com um erro médio de apenas 3 minutos de arco, o que representa um desvio do número verdadeiro de menos de 0, 015%. Curiosamente, se essa diferença tivesse sido maior, como de três graus do verdadeiro (um erro de aprox. 1%), eles não só haveriam poupado esforços como a olho nu a pirâmide continuaria a aparentar estar voltada para os quatro pontos cardiais.
O comprimento dos lados da base da pirâmide também seguem essa precisão com um erro de menos de 20cm entre seus lados mais curto e mais longo, erro que equivale a uma fração minúscula de 1% no comprimento médio dos lados, de 230,75m. Além disso, os ângulos da base quadrangular da pirâmide, quase chegam à 90°. O canto sudoeste com 89° 56’ 27’’; o canto noroeste com 90° 3’ 2’’; o sudoeste com 90° 0’ 33’’; e finalmente o nordeste medindo 89° 59’ 58’’. Exatidão essa difícil de se encontrar até mesmo nas construções modernas, que normalmente possuem desvios de mais de um ou dois graus do verdadeiro. Novamente, esses erros também são muito pequenos, e não afetariam a estrutura e nem seriam notados pelo olho humano.
De acordo com algumas pesquias, 10 mil a 40 mil pessoas deviam ter trabalhado nessa construção. Considerando a quantidade de blocos utilizados (cerca de 2,3 toneladas) e supondo que os pedreiros trabalhassem dez horas por dia, durante 365 dias do ano, o cálculo matemático indica que eles teriam de colocar em posição, a cada hora, 31 blocos (cerca de um bloco a cada dois minutos) para completar a pirâmide em 20 anos, que é o período de tempo que se acredita que ela foi construída. Considerando que a obra parava por três meses durante o período de pousio anual, quatro blocos por minuto teriam de ser assentados, ou seja, cerca de 240 blocos por hora, o que se tornaria uma façanha quase impossível de se realizar levando em conta o peso de cada bloco e os mecanismos que se tinha na época.





No interior da Grande Pirâmide

A entrada está na face norte, a aproximadamente 44 metros de altura do chão. O corredor de acesso é de 1 metro de largura por 1,22 de altura, com inclinação descendente com desvio quase nulo. Seguindo reto, chega-se a uma câmara subterrânea de 130,5 metros quadrados. Mas, o corredor dá acesso a outro, só que ascendente e também com dimensões claustrofóbicas, com 1,05 metros de largura e 1,20 metros de altura. Ele é o caminho para três locais distintos, um poço que volta à câmara subterrânea, um corredor reto que chega à Câmara da Rainha e um corredor ascendente que leva à Grande Galeria.





A Câmara do Rei, já demonstra a sua imponência com a grande subida de 47 metros de comprimento, por um corredor de pé direito alto, A Grande Galeria. Ela é o Sancta Sactorum da Grande Pirâmide, sobre ela, há cinco câmaras de descarga para segurar as pedras superiores na forma de um teto inclinado. É todo construído em granito vermelho, medindo 10,5 metros de comprimento e 5,82 de altura. Dentro fica o sarcófago de granito onde, supostamente, estaria a múmia de Quéops. A Câmara da Rainha tem as paredes de pedra caliza e, na realidade, não foi o túmulo da Rainha, mas, segundo os egiptólogos, local usada para guardar uma estátua Ka do rei. É interessante notar que este ambiente fica exatamente no eixo leste-oeste da construção.
Estreitos condutos, de função desconhecida, saem das câmaras do rei e da rainha. Curiosamente, um dos condutos da Câmara da Rainha aponta para Ursa Menor e outro para Sírio. Os da Câmara do Rei, apontam para Alfa Draconis, a estrela polar dos egípcios, e para a constelação de Ório. Órion está relacionada com o deus Osíris e Sírius com a deusa Ísis, deuses ligados à vida e à morte.



Função das pirâmides e a sua autoria

Antigos guias turísticos egípcios já aclamavam Quéops, Quefren e Miquerinos como os construtores das pirâmides. Heródoto, um historiador grego, no séc. V a.C. fez relatos a respeito no que se considera a descrição mais antiga dos monumentos. Nessa época já havia aproximadamente 2000 que elas tinham sido construídas. Em compensação o próprio Heródoto disse nos seus escritos: “... se há alguém a quem nessas fábulas egípcias possa acreditar, elas chegam em boa hora, pois não sou fiador do que conto, e só me propus a escrever em geral o que me relatavam...É evidente que muitas vezes os sacerdotes egípcios tinham um bom senso de humor.” Em contraposição, Diodoro de Sicília, outro historiador que visitou o Egito só que no séc. I a.C, foi relatado que os construtores da pirâmide haviam sido Armooeus, Ammosis e Inaron. Mesmo assim, a história de Heródoto foi a mais aceita, provavelmente por ser a mais antiga.
No séc. IX d.C., o califa Al-Ma'mun, governador do Cairo, conseguiu, depois de muitos esforços, abrir um túnel na pirâmide de Quéops, que desembocou justamente em um dos seus corredores. Esse era o corredor descendente e de onde se desprendeu, devido às vibrações causadas pelas ferramentas utilizadas na escavação, uma das pedras do seu teto revelando a abertura para o corredor ascendente da pirâmide. Apesar disso, não foi possível o acesso a esse corredor porque havia uma série de cunhas de granito maciço impedindo a passagem e que aparentemente estavam lá desde a construção da pirâmide. Os pedreiros do califa não conseguiram quebrar ou abrir passagem através delas e como solução eles cavaram um túnel nas pedras de calcário em volta de modo a contornar esse obstáculo e chegar novamente ao corredor. O que Al-Ma'mun não sabia, era que, mais abaixo no corredor descendente havia uma passagem secreta que também se ligava ao corredor ascendente da pirâmide, mas que permaneceu desconhecida até o séc. XIX.
Esperando encontrar muitos tesouros e inclusive um repositório de sabedoria e tecnologia antigas lá dentro, o califa teve uma grande decepção. As duas câmaras encontradas, mais tarde denominadas Câmara da Rainha e Câmara do Rei, estavam completamente vazias, a não ser por um sarcófago de granito vermelho e sem tampa, também vazio, no aposento do rei. Além disso, não havia qualquer tipo de decoração ou hieróglifos no interior da pirâmide.



Câmara do Rei

Muitos egiptólogos acreditam que bem antes dessa invasão, aproximadamente quinhentos anos depois de sua construção, os ladrões de tumba já deveriam tê-la saqueado. Muitos questionam a afirmação já que, das passagens para o corredor ascendente que leva à Camara do Rei, uma aparentemente estava bloqueada desde a construção e a outra, mesmo que não o estivesse, além de constituir em um túnel quase vertical, parecia muito estreita (90 cm) para poder ter servido de passagem para todos os grandes tesouros do rei.
Não só a pirâmide de Quéops, mas as outras duas também não possuem decorações ou inscrições em seus corredores e câmaras, assim como nenhuma múmia foi encontrada em seus austeros sarcófagos. A câmara funerária da pirâmide de Quéfren, por exemplo, foi encontrada vazia, assim como seu sarcófago em 1818, quando o explorador europeu Giovanni Belzoni a abriu. Na pirâmide, de Miquerinos, contudo, foram encontrados alguns ossos na chamada câmara mortuária, mas que, após análise, foi comprovado que datavam de dois mil anos depois da construção das pirâmides. Provavelmente alguém havia se aproveitando daquele espaço para utilizá-lo como túmulo de outra pessoa. Apesar disso, os outros túmulos encontrados de monarcas egípcios eram ricamente decorados. Havia desenhos e hieróglifos contando sobre a vida do governante e inscrições de encantamentos destinados a ajudar o morto na sua jornada para a vida eterna. E é de certa forma estranho que a pirâmide não tenha nenhuma inscrição, pois no decorrer dos milênios poucas mudanças ocorreram na cultura, religião e arte dessa civilização que seguia um estilo de vida muito disciplinado e regrado.
Além dos relatos de Heródoto, um fator que contribuiu a conclusão de que a grande pirâmide havia sido construída Quéops foi a descoberta em 1837 do coronel Howard Vyse. Acima da Câmara do rei ele encontrou quatro câmaras, as câmaras de descarga, que se acredita hoje que serviam para aliviar o peso das pedras sobre o aposento. Nas suas paredes e teto havia hieróglifos com o nome de Quéops (Khufu em egípcio) que pareciam atribuir a construção do monumento à ele. A egiptologia acadêmica logo aceitou as evidências como verdadeiras, mesmo assim, algumas dúvidas sobre a veracidade desse achado ficaram no ar. Muitos hieróglifos foram escritos de cabeça para baixo, alguns eram irreconhecíveis ou tinham sido escritos de forma errada ou com desprezo pelo uso da gramática. Além disso, era estranho que só estivessem naquelas quatro câmaras dentre as cinco (a primeira havia sido descoberta setenta anos antes), o que fez com que muitos questionassem se por acaso esses hieróglifos não haviam sido escritos pelo próprio coronel.
Em contraposição, ainda no séc. XIX, o arqueólogo francês Auguste Mariette descobriu a chamada Estela do Inventário. Nela estava escrito claramente que a Esfinge e a Grande Pirâmide já existiam muito tempo antes de Quéops subir ao trono e também se referia à deusa Ísis como a “Senhora da Pirâmide”, implicando que o monumento havia sido dedicado à ela a não à Quéops. Além disso, sugeria que Quéops, na realidade, havia sido o construtor de umas das três estruturas subsidiárias situadas ao longo do flanco leste da pirâmide. Os egiptólogos pouca importância deram á escritura por ela datar de um século bem posterior a construção das pirâmides (664 a 525 a.C.), dizendo que provavelmente deveria ser falsa. Mesmo assim existe a possibilidade dela ser, na realidade, a cópia de um documento mais velho.


Aspectos interessantes e conclusão

É difícil entender e abranger todos os aspectos da civilização egípcia, isso porque, eles não só levantaram complexos monumentos, como a vida deles era regida por uma espiritualidade profunda e muitas vezes não compreendida pela nossa atual civilização. Sua cultura não se limitava apenas aos acontecimentos diários e a vida terrena, mas tinha fortes ligações com o sobrenatural.
A religião egípcia fazia muitas alusões astrológicas e astronômicas. Assim, não são estranhas as relações das Pirâmides de Gizé com o mundo celeste. Em 1994, o engenheiro anglo egípcio Robert Bauval observou que as três pirâmides seguem o mesmo alinhamento das três estrelas da constelação de Órion, o que indica que teriam sido construídas não em épocas distintas, mas no mesmo período. Robert ainda constatou que o traçado das pirâmides teria sido o reflexo perfeito do Cinturão no ano 10.450 a.C. É interessante notar que uma das crenças religiosas egípcia era de que o destino do faraó estava relacionado com as estrelas. Para alcançar o Amenti, equivalente ao paraíso cristão, a alma do faraó deveria passar pelo Cinturão de Osíris, deus equivalente à Órion.


Outro aspecto interessante foi a descoberta do inglês John Taylor. Ele percebeu que o perímetro da pirâmide dividido pelo dobro da sua altura resultava no valor , número que se atribui a descoberta apenas no século VI pelo indu Arya Bhata.
Devido a essas e outras decobertas sobre as pirâmides, muitos associam a suas construções a tempos muito mais remotos e acreditam que não tinham a função de câmara mortuária, mas sim serviam para algum própósito religioso e iniciático no Antigo Egito.
De qualquer forma, fica claro que essa civilização tinha um profundo conhecimento matemático e astronômico. Com uma preocupação em refletir nas construções toda a beleza e perfeição do cálculo e do céu. De um modo ou de outro, Gizé continua sendo um lugar que reflete a grandiosidade de uma civilização que esteve em seu auge de desenvolvimento. Civilização essa onde, em contraposição com os dias atuais, a vida espiritual se sobrepunha à material.

Escrito por Thamires Chacara e Gabriela Emi.

Bibliografia

HANCOCK, Graham. As Digitais dos Deuses. Rio de Janeiro: Record,1999

JACQ, Christian. A Sabedoria Viva do Antigo Egito. Rio de Janeiro: Bertrand, 1999

ROTH, Leland M. Entender la arquitectura, sus elementos, historia y significado. Barcelona: Editorial Gustavo Gili,SA, 1999

Revista Esfinge, n°14. Belo Horizonte: Editorial N.A.

http://www.fascinioegito.sh06.com/esfingeold3.htm

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